O Instituto Unimed Curitiba reuniu no dia 15/8, 33 representantes de 26 organizações sociais em um evento sobre gestão sustentável no terceiro setor. O tema “Como avaliar o impacto social” foi conduzido pela professora e consultora Simone Faustini, da Nexus Consultoria.

De acordo com a coordenadora do instituto, Katia Lessa, uma das prioridades do instituto é fortalecer as organizações sociais, oportunizando informação e conhecimento para que o terceiro setor possa se estruturar e desenvolver uma gestão mais robusta e alinhada com as boas práticas de mercado. “Este é o segundo workshop que organizamos para o terceiro setor. Consideramos essa troca de conhecimento valiosa para ajudar as organizações a encontrarem oportunidades de melhorias em sua atuação”, afirma.

Mario Namba, diretor administrativo da Unimed Curitiba, falou sobre a importância do trabalho das organizações sociais e do olhar que todos devem ter para o próximo e aproveitou para reforçar que uma gestão transparente é de extrema relevância para a construção de conexões duradouras, que possibilitem atrair investidores, gerar credibilidade e visibilidade para as organizações.

Para Ivete de Souza Parnoff, representante do Grêmio Esportivo e Beneficente Amigos da Bola, a participação foi muito enriquecedora e gratificante. “Foi uma experiência incrível. A qualidade do conteúdo, a organização impecável e o entusiasmo dos palestrantes tornaram o evento verdadeiramente memorável. Saio do workshop com novas habilidades, conhecimentos e uma nova perspectiva que certamente aplicarei em minha vida profissional e pessoal”, assegura.

Para o representante da Associação Beneficente Renascer, Anderson Tomelim, o auxílio do Instituto Unimed Curitiba é crucial. “Muito aprendizado e a excelência na condução do tema me trouxe mais clareza sobre indicadores. Agora, espero fazer o bem e aplicar os conhecimentos em minha jornada”, reforça.

Sobre as Organizações Sociais no Brasil

Uma organização da sociedade civil é uma instituição sem fins lucrativos que realiza ações solidárias. No Brasil, a desigualdade social ainda é um fator recorrente, e de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), pelo menos 1/3 de todas as organizações da sociedade civil (OSCs) criadas nos últimos 120 anos já fecharam. Estudos realizados pelo IPEA indicam que desde os anos 2000, o número de encerramento de atividades aumentou: a cada duas organizações que abriram até 2009, uma fechou. Entre 2010 e 2019, os fechamentos foram quase metade, 46%, do número de aberturas. Em 2020, foram contabilizadas 781,9 mil OSC’s (Organizações da Sociedade Civil), atuando, principalmente, em projetos sociais destinados a sobrevivência ou melhoria da qualidade de vida de muitas comunidades. O tempo de vida destas organizações, pode ser influenciado pela capacidade em seguir padrões de governança e gestão, mesmo entre aquelas com mantenedores fixos. Dados como estes, demonstram a urgência de olhar e contribuir para o fortalecimento destas organizações.

Essa ação foi pensada com cuidado e carinho e está alinhada ao objetivo do ODS 16 referente a paz, justiça e instituições eficazes, proposto pela ONU para proteger o planeta e promover sociedades pacíficas e inclusivas até 2030.