1º Simpósio de Neurodesenvolvimento, Evolução e Oportunidades
Unimed Curitiba promove evento inédito sobre desafios da reabilitação e da inclusão de pessoas com transtornos do neurodesenvolvimento
No dia 2 de dezembro, a Unimed Curitiba realizou o 1º Simpósio Neurodesenvolvimento, Evolução e Oportunidades (NEO) com o objetivo de refletir sobre os desafios da reabilitação e inclusão de pessoas com transtornos do neurodesenvolvimento. O evento aconteceu no auditório da Associação Médica do Paraná e reuniu mais de 100 pessoas, entre profissionais especialistas em saúde, educação, políticas públicas, judiciário, instituições e diferentes vozes da sociedade.
“A nossa intenção, desde o início, foi avançar na discussão ao reunir todos os atores envolvidos e que possuem interface com a temática. Esse evento encerra uma jornada que começou em 2024, de forma pioneira e ousada, e percorreu o ano de 2025 com uma série de ações que evidenciaram a complexidade da temática e mostraram que nenhum setor, isoladamente, é capaz de construir soluções para os desafios enfrentados. Nosso propósito foi estabelecer cooperação para que todos possam reconhecer que nós temos muito a avançar, com todo respeito àqueles que trabalham nesse segmento, e colher frutos não somente para nós e para os envolvidos com o nosso negócio, mas para a sociedade como um todo. E eu fico muito satisfeito com a oportunidade de estimular o diálogo e provocar novas formas de pensar para nos desafiar coletivamente a evoluir cada vez mais. Dentro da nossa cooperativa, evoluímos processos, implementamos melhorias internas e reforçamos o compromisso da Unimed Curitiba com uma jornada mais humana, eficiente, acolhedora e inclusiva”, afirmou Rached Hajar Traya, diretor-presidente da Unimed Curitiba, em seu discurso de abertura do evento.
Confira tudo o que fizemos de lá para cá:
- Revisão dos protocolos assistenciais das terapias de reabilitação em neurodesenvolvimento
- Elaboração de cartilha informativa sobre as terapias de reabilitação em neurodesenvolvimento, incluindo propostas de atividades para que os pais possam estimular o desenvolvimento dos seus filhos
- Busca por parceria junto ao terceiro setor, para oferta de recursos além das terapias (ex. esporte)
- Ampliação do escopo do Núcleo de Reabilitação e Neurodesenvolvimento, com o intuito de acompanhar e auxiliar a jornada do beneficiário, desde o momento da sua solicitação
- Gravação de um podcast junto ao neuropediatra e uma das grandes referências dentro de temática dos transtornos do neurodesenvolvimento, Antonio Carlos de Farias, esclarecendo dúvidas dos pais dos nossos pacientes em terapia
- Reuniões regulares com todos os envolvidos junto aos pacientes neurodivergentes, incluindo médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeuta e educadores
- Aproximação junto ao poder judiciário, compartilhando nossos protocolos assistenciais e demais iniciativas
- Rodas de conversa junto aos pais de crianças neurodivergentes
Carta aberta encerra simpósio
Ao longo do dia, nomes fundamentais da neuropediatria e de áreas da educação, saúde, judiciário e famílias estiveram reunidos para criar conexões e refletir sobre processos, diretrizes e estratégias de atendimento em benefício de pessoas com esses transtornos. Para encerrar, a cooperativa consolidou toda a jornada em uma carta aberta lida pelos seus diretores aos presentes.
Pela manhã, o psicólogo e coordenador das Terapias Multidisciplinares e Acoolher, Felipe Ganzert Oliveira, apresentou uma retrospectiva das iniciativas da Unimed Curitiba junto às terapias de reabilitação em neurodesenvolvimento, que iniciaram em 2017 e se intensificaram a partir de 2024, com a revisão da jornada assistencial e a realização de um calendário de ações junto à inúmeros agentes, dentre esses os médicos prescritores, profissionais assistenciais, prestadores, gestores, educadores e colaboradores do Sistema Unimed.
Logo na sequência o médico neuropediatra, mestre e doutor em Biotecnologia Aplicada à Saúde da Criança e do Adolescente, e diretor de Provimentos em Saúde da Unimed Curitiba, Antonio Carlos de Farias, ministrou a palestra magna intitulada “Epigenética e Neurodesenvolvimento: perspectivas para compreender, cuidar e incluir”.
Na sequência, para abordar a temática: “Construindo pontes - discutindo o futuro da jornada das pessoas neurodivergentes”, o superintendente em saúde da Unimed Curitiba, Flavio Tomasich, que é médico cirurgião oncologista e professor titular do departamento de cirurgia da Universidade Federal do Paraná, foi o moderador do 1º painel do simpósio sobre: Políticas públicas para o atendimento integral às pessoas com TEA. Ele conduziu o debate entre o procurador chefe da Procuradoria da Saúde-PGE/PRS e especialista em Direito Processual Civil pela Universidade Estadual de Ponta Grossa e em Advocacia Pública pelo Instituto para o Desenvolvimento Democrático, Felipe Azevedo Barros; a magistrada do Tribunal de Justiça do Paraná, coordenadora do Comitê Executivo de Saúde do CNJ no Paraná, e especialista em Direito da Medicina pela Universidade de Coimbra, Rafaela Mari Turra; Mariana de Freitas, fisioterapeuta, mestre em Ciências da Saúde e Medicina Interna e coordenadora da Área Técnica da Saúde da Pessoa com Deficiência e do programa de Oxigenoterapia Domiciliar da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba; e Marlus Volney de Moraes, médico especialista em cirurgia geral, gastroenterologia e endoscopia digestiva, diretor de Prevenção e Promoção à Saúde da Unimed Curitiba.
No período da tarde, para falar sobre a temática: “Para além das terapias - o cuidado compartilhado com a rede de apoio”, o diretor da Unimed Curitiba Marlus Volney de Moraes, foi o moderador do 2º painel do simpósio, intitulado: Inclusão, acolhimento e ações práticas para garantir o atendimento integral das pessoas TEA. Os painelistas desse momento foram Lidia Ana Zytynski Moura, médica e doutora em cardiologia, e professora titular da Escola de Medicina e Ciências da Vida da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR); Maria de Fátima Joaquim Minetto, psicóloga, doutora com estágio de pós-doutoramento em Psicologia, mestre em Educação e Especialista em Educação Especial e professora da Universidade Federal do Paraná; e Simone Carreiro Vieira Karuta, médica neuropediatra, doutora em Medicina Interna, médica do Departamento de Neuropediatria do Hospital Pequeno Príncipe, professora da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Para encerrar os painéis abordando a jornada da reabilitação em neurodesenvolvimento junto à Unimed Curitiba, o diretor da Unimed Curitiba Antonio Carlos de Farias subiu ao palco como moderador do 3º painel com a temática: “Protocolos e diretrizes no atendimento aos pacientes com TEA e outras deficiências”. O debate contou com os painelistas Júlio Koneski, médico neuropediatra, mestre em Ciências Médicas, doutor em Neurologia e coordenador do Departamento Científico de Transtornos do Neurodesenvolvimento da Sociedade Brasileira de Neuropediatria; Paulo Liberalesso, médico neuropediatra, mestre em Neurociências pela Universidade Federal de São Paulo, doutor em Distúrbios da Comunicação pela Universidade Tuiuti do Paraná, diretor científico do Instituto de Educação e Pesquisa em Saúde e Inclusão Social e membro efetivo do Departamento de Neurologia da Sociedade Brasileira de Pediatria; Rudimar dos Santos Riesgo, médico neuropediatra, mestre e doutor em Pediatria, membro da International Child Neurology Association, da International Society for Autism Research e da Academia Iberoamericana de Neuropediatria, professor titular de Medicina do Departamento de Pediatria da UFRGS, líder do Grupo de Pesquisa em Neuropediatria (HCPA-UFRGS - CNPq) e chefe da Unidade de Neuropediatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Sérgio Antonio Antoniuk, médico neuropediatra, mestre em Saúde da Criança e do Adolescente, doutor em Medicina Pediátrica, ambas pela Universidade Federal do Paraná, e professor adjunto da Universidade Federal do Paraná; e Alfredo Löhr Júnior, médico neurologista, neurofisiologista e pediatra e um dos fundadores do Serviço de Neurologia Pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe.
Publicado em 10/12/2025 15:23h
Atualizado em 11/12/2025 14:06h