13 milhões de brasileiros têm diabetes

O desconhecimento e a falta de diagnóstico precoce estão entre os maiores desafios no controle da diabetes. No dia Mundial da Diabetes, a Unimed Curitiba traz informações sobre a doença e maneiras de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, incluindo novas formas de diagnóstico. Confira no vídeo abaixo o Diálogo Saudável gravado em março deste ano com o médico endocrinologista Mauro Scharf, cooperado da Unimed Curitiba, sobre o assunto.

 

 

 

Em pesquisa realizada pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, a quantidade de brasileiros com a doença aumentou 61,8% entre 2006 e 2010. Hoje, há mais de 13 milhões de pessoas convivendo com o diabetes no país ? o equivalente a 6,9% da população, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes.  

Caso o número de diabéticos continue a crescer, a previsão da Federação Internacional de Diabetes (International Diabetes Federation ? IDF) é de que mais de 642 milhões de pessoas no mundo terão diabetes em 2040. Ainda de acordo com a IDF, em 2015, a estimativa era de 8,8% da população mundial de 20 a 79 anos de idade com a doença. E o número vem crescendo de maneira significativa, principalmente em países em desenvolvimento. 

Outro dado alarmante apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) traz a glicemia elevada, causada pela diabetes, como o terceiro fator em importância da causa de mortalidade prematura, superada apenas por pressão arterial aumentada e uso do tabaco.

 

Fatores de risco

 Excesso de peso, vida sedentária, rápida urbanização, hábitos alimentares e envelhecimento populacional estão entre os principais influenciadores para o crescimento da doença no mundo. Além dos casos hereditários, situações como hipertensão, níveis altos de colesterol e triglicérides, uso de determinados medicamentos e estresse emocional são considerados fatores de risco para o seu desenvolvimento.

 Considerada uma doença crônica, o diabetes faz com que o corpo não produza insulina ou não consiga realizar o funcionamento adequado daquela que produz. Importante hormônio para o corpo, a insulina controla a quantidade de glicose no sangue, obtida por meio dos alimentos, como fonte de energia. Sem fabricar insulina, o nível de glicose no sangue aumenta, afetando órgãos, vasos sanguíneos e nervos e provocando um desequilíbrio no organismo. 

O aumento da concentração de glicose no sangue, hiperglicemia, pode ser provocado por duas diferentes situações:

. Diabetes tipo 1, quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina para o corpo. O resultado é a permanência da glicose no sangue, em vez de ser utilizada como energia. Apesar de ser mais frequente na infância e adolescência, também pode ser diagnosticado em adultos. Para controlá-lo, exige aplicação de injeções de insulina, atividade física e planejamento alimentar.

. Diabetes tipo 2, mais comum em pessoas com mais de 40 anos, mas pode afetar crianças também. Neste caso, as células do corpo são resistentes à ação da insulina e o controle pode ser feito com medicamentos ministrados por via oral. Além, é claro, de práticas físicas e alimentação adequada. 

Sem fabricar insulina, o nível de glicose no sangue aumenta, afetando órgãos, vasos sanguíneos e nervos e provocando um desequilíbrio no organismo, com o surgimento de diversas outras doenças e complicações. Doenças coronariana, cerebrovascular e arterial periférica, além de agravos nos sistemas musculoesquelético, digestório e na função cognitiva e saúde mental seriam algumas delas.

 

Prevenção e controle 

Alimentação adequada e a prática frequente de exercícios físicos continuam sendo as principais recomendações de médicos e especialistas para reduzir o risco de desenvolvimento da doença ou para controlá-la.  

Isso porque, movimentar o corpo de forma regular, por exemplo, auxilia no controle das taxas de glicemia, já que o gasto de energia gerado com a atividade física faz com que o organismo utilize o açúcar do sangue de maneira mais rápida, reduzindo as taxas.

Assim como o esporte, a preferência por hábitos alimentares saudáveis contribui para a promoção da saúde do organismo como um todo e a prevenção de inúmeros doenças crônicas além do diabetes. E alimentar-se bem e de maneira balanceada não significa dieta, e sim planejar o que será consumido e ingerido.

 

 

Publicado em 14/11/2018 14:19h
Atualizado em 02/12/2021 17:59h

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